sábado, 22 de agosto de 2015

Laguna Chaxa

Olá!

O Deserto do Atacama é um desses lugares únicos na Terra. Não só porque é o mais seco do mundo, mas porque possui paisagens tão diferentes entre si, que é difícil imaginar que todas estejam relativamente tão próximas.

Hoje, vou mostrar algumas fotos da Laguna Chaxa, no Salar de Atacama. Há diversas lagoas no salar, mas só fomos conhecer a Laguna Chaxa. Fica na Reserva dos Flamingos, e conseguimos ver alguns por lá. Acho que dependendo da época, eles são mais frequentes no local.

O chão, claro (afinal, estamos no meio do salar) - é coberto de sal. Além das recomendações gerais para o deserto (hidratar-se, passar protetor, usar chapéu etc.), aqui o guia dá mais uma: use óculos escuros. Realmente, sem eles, é difícil ficar com os dois olhos abertos, pois a claridade, devido ao reflexo do solo, é muito forte.




Também há outras espécies de aves pelo local, como aquele passarinho ali no canto, junto com os flamingos.



Eles ficam bastante tempo com a cabeça dentro da água (que, diga-se de passagem, é meio fedida, sem chegar a comprometer o passeio), procurando alimento. Consegui fotografar esse aí, com a cabeça pra fora da água.










Em alguns pontos, o sal aparece mais branquinho, sem estar misturado com a areia da lagoa / deserto, como na foto abaixo:



Mas a paisagem que achei mais bonita na lagoa (talvez, se visse mais flamingos, minha opinião fosse diferente, não sei) foi o reflexo das montanhas na água. É lindo ver o Licancabur - e seus primos vulcões - refletidos na lagoa. As fotos saem parecendo foto de profissional, sabe? E sem fazer esforço, o que é mais importante. É só mirar e apertar o botão - pronto! Uma foto linda!




Feliz, na minha paisagem favorita da Laguna Chaxa.



Abraço, e até a próxima postagem!

Juliana

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Lagunas Altiplânicas - Deserto do Atacama

Olá!

O passeio que fizemos às Lagunas Altiplânicas, no Deserto do Atacama, foi um dos mais bonitos que fiz. Mas, veja só, não estou dizendo que foi um dos mais bonitos que fiz durante essa viagem, mas sim, durante MINHA VIDA INTEIRA. Fiquei tão abalada emocionalmente quando cheguei lá, que até esqueci de pedir pra alguém me fotografar na paisagem que achei mais linda. Sabe aquele lugar que não precisa fazer esforço, as fotos saem maravilhosas? Então, esse é um lugar desse tipo.

O caminho para lá já nos reserva lindas paisagens. Vicunhas pastam pelos campos (vimos até atravessando a estrada!) - afinal, passamos por área de proteção ambiental - a Reserva dos Flamingos, e a caça desses animais foi proibida, tanto as vicunhas, quanto os flamingos. A tal Reserva dos Flamingos é um parque, mas dividido em setores espalhados pelo deserto, então a gente faz vários passeios pelo Deserto do Atacama, e acaba percorrendo os diversos setores da Reserva.

Passamos próximo a alguns vulcões - o guia vai falando o nome deles, mas são vários, e não fotografei porque estava do outro lado do ônibus, e também estava meio escuro ainda. Mas dá pra ver a fumacinha saindo de um deles, se não me engano, o Lascar. Aliás, vulcão também é algo redundante por aquelas bandas - há muitos, de vários formatos, tamanhos... Só não dá pra falar que a gente enjoa de vê-los, porque não dá pra enjoar - eles são lindos!

Nessa época do ano (final de julho), o dia demorava a amanhecer. O sol só saia no horizonte bem depois das 8 da manhã. Dica: vá bem agasalhado. Então, nesse dia, vimos a lua sumir (essa mesma que vimos nascer, no dia anterior, no Valle de la Luna. Bem amarelona, sobre o Salar de Atacama (essa parte branca, no meio da foto aí embaixo). Hipnotizante.



Aqui, uma igreja na cidade de Socaire - só vimos pela janela. Estamos a mais de 3.000 metros de altitude, e esse povoado fica no caminho para as lagoas. Há várias cidadezinhas em volta do Salar de Atacama, que é o um dos maiores do mundo - o primeiro fica na Bolívia. Socaire é apenas uma delas - há também San Pedro de Atacama, que acredito ser a maior, Toconao, Peine. Mas ainda vamos subir bastante - as lagoas estão a mais de 4.000 metros de altitude.



Uma vicunha no meio da paisagem - vimos muitas, várias vezes, em diversos passeios.



A partir daqui, começa o momento "meudeusquelugarlindomaravilhoso!". A gente desceu do ônibus logo na entrada do parque, daí tem um caminho, onde a paisagem, que já é linda, vai ficando cada vez mais linda! Redundante, eu sei, mas é verdade - é tão bonito que nem dá pra explicar muito, só vendo lá, com os próprios olhos, pra saber.




São duas lagoas, próximas uma da outra. A maior (e que me deixou em transe) é a Laguna Miscanti, que vemos nas fotos aí embaixo.



Foi quando vi essa paisagem, com a água meio congelada, que meu cérebro também paralisou - fiquei em choque com tanta beleza num lugar só. :o










O céu, sempre azul, ficou assim todos os dias em que estivemos no Atacama.



Eu nem tinha me recuperado ainda, quando vi a outra lagoa. Essa é a Laguna Miniques, menorzinha - as duas são ligadas subterraneamente. No canto esquerdo, são vicunhas passeando, lá longe, perto da lagoa - mas a gente conseguiu ver, com o binóculo que o guia levou. Nas bordas, sal.



Feliz por conhecer um lugar tão maravilhoso!



sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Confia Sempre

Confia Sempre

Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.
Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo.
Crê e trabalha.
Esforça-te no bem e espera com paciência.
Tudo passa e tudo se renova na Terra, mas o que vem do céu permanecerá.
De todos os infelizes, os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmos, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.
Eleva, pois, o teu olhar e caminha.
Luta e serve. Aprende e adianta-te.
Brilha a alvorada além da noite.
Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte.
Não te esqueças, porém de que amanhã será outro dia.

Meimei, psicografado por Chico Xavier.
Do livro: Cartas do Coração


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Cordilheira de Sal - Vale da Lua e Vale da Morte

Olá!

Hoje, vou colocar algumas fotos sobre as paisagens próximas a San Pedro de Atacama, nos pontos turísticos Cordilheira de Sal - Vale da Lua (ou Valle de La Luna), e Vale da Morte (ou Valle de La Muerte). Geralmente, esses são os primeiros passeios a se realizar, pois estão em altitude e distância próximas de San Pedro de Atacama, iniciando o processo de adaptação ao deserto.

Aqui, algumas considerações sobre o deserto mais seco do mundo - que provavelmente, você já deve ter lido por aí, na internet. São muitos fatores diferentes que podem mexer com nosso organismo, e isso varia de pessoa para pessoa - altitude, variações de temperatura (no mesmo dia, chegamos a sofrer uma variação de aproximadamente 30 graus, de - 9ºC a 20ºC), ar muito seco. Eu fui a que menos sofreu com esses fatores, mas meu marido teve falta de ar - nada demais, considerando que ele já respira muito mal aqui na nossa cidade mesmo; meu filho passou mal em um dos passeios, e teve que respirar na máscara de oxigênio por uns três minutos, até que recobrou o fôlego; e minha filha disse que estava com dor de cabeça (no mesmo passeio que meu filho respirou oxigênio), mas nada muito grave. Mesmo assim, com todos esses pontos negativos, eu recomendo a viagem ao Deserto do Atacama. E quero voltar lá novamente!

Voltando ao assunto, a cidade de San Pedro do Atacama fica num vale, e é um oásis no meio do deserto. A região, antigamente, era fundo do mar, e em algumas paisagens, a quantidade de sal e as formas das rochas realmente nos fazem acreditar nessa teoria.

Bem próximo à cidade, está o Vale da Morte (ou Valle de La Muerte), com duas teorias para a origem do seu nome:

1 - Não há vida no vale, nem vegetal, nem animal.

2 - O padre estrangeiro que morou muitos anos em San Pedro de Atacama (Gustavo Le Paige), e fez várias pesquisas arqueológicas na região, disse que o vale parecia algum lugar em Marte, e ao pronunciar a palavra Marte, os nativos entenderam "Muerte" (morte, em espanhol) - daí, ficou esse nome.


Vale da Morte.

A Cordilheira de Sal é uma cadeia de montanhas na borda do Salar de Atacama. Os vales da Lua e da Morte fazem parte dessa cordilheira, então há sal nos dois vales, mas as paisagens, mesmo com sal, são diferentes em ambos.

Muito sal na Cordilheira de Sal - paisagem no Vale da Morte.

Formação geológica no Vale da Morte. Lembra formações rochosas que vemos no fundo do mar.

O Vale da Lua tem esse nome porque a região é muito inóspita, com formações rochosas e paisagens que lembram a superfície da Lua. Nunca estive na Lua, mas as paisagens realmente são diferentes de tudo que já vi.

Vale da Lua, visto de um dos vários mirantes da região.

Mirante de Kari, Piedra del Coyote.

Estradinha passando pelo Vale da Lua, lá embaixo.

Monumento na entrada do Vale da Lua. A bandeira representa os vários povos indígenas, e cada cor tem um significado. O guia me falou sobre elas, mas eu não consegui anotar, e acabei esquecendo.

Mais sal. Nessa região, há algumas décadas, funcionava uma mina de sal.

Caverna. Para quem for por conta própria, levar lanterna, porque ela vai fechando, e não dá pra ver nada lá dentro.

Cada lugar que olhávamos, uma paisagem diferente.

Formação rochosa conhecida como As Três Marias.

Paisagem no Vale da Lua.

No fim do passeio, a gente sobe num mirante natural, pra ver o por do sol. Não só o por do sol é lindo, mas do lado oposto, as cores nas montanhas vão mudando a cada minuto. Pra deixar tudo ainda mais mágico e bonito, enquanto o sol estava se escondendo de um lado do céu, a Lua surgia do outro. Fantástico!

Duna gigante no Deserto do Atacama. Aqui era só uma pequena parte dela.

Caminho ao lado da duna. Repare no tamanho das pessoas - aqueles pontos escuros no final do caminho, e no tamanho da duna (e ela ainda não coube inteira na foto - é muito alta!).

Em outro mirante, agora para aguardar o por do sol.

Sol se escondendo no Atacama.

Lindo demais!
 
Vulcão Licancabur, que sempre enxergamos, na maioria dos passeios. Lindo!

Conforme a Lua vai subindo, as cores na paisagem vão se modificando.

Eu, feliz, observando o espetáculo da Natureza!

Lua, no caminho de volta à cidade. Não canso de escrever - linda!



O Deserto do Atacama é um desses lugares que a gente não pode deixar de conhecer. Antes de conhecê-lo, li várias vezes, em diversos sites na internet, que é um local em que faltam palavras para descrever, que é surreal, que só estando lá pra ver como é. Acredite - tudo isso é a mais pura verdade. Não dá pra explicar exatamente o que a gente sente lá. É muita coisa diferente, ao mesmo tempo. Por isso, se você está em dúvidas, não fique - vá conhecer! Duvido que se arrependerá!

Abraço!

Juliana



domingo, 9 de agosto de 2015

Nossa aventura no Chile

Olá!

Vou começar uma série de postagens com nossas andanças pelo Chile, nas férias. Ficamos do dia 29/07 a 08/08 lá, e passamos por vários perrengues (ocasionados principalmente pelo cartão de crédito, que funcionava quando queria, mesmo eu tendo solicitado o desbloqueio para uso no exterior antes da viagem, e com saldo para utilizá-lo), e fortes emoções.

Aqui, um parêntese sobre a questão do cartão de crédito: levamos uma parte do valor das despesas em dinheiro, e outra parte pretendíamos gastar no cartão. Só que bem cedo descobrimos que meu cartão simplesmente não queria funcionar conforme nossa vontade, e isso nos abalou bastante, pois tivemos que mudar nosso planejamento, acabamos gastando mais do que o previsto, deixamos de conhecer alguns pontos turísticos, passei estresse com a administradora. Só não o cancelo porque ainda assim ele me é conveniente. Ainda bem que levamos uma parte em dinheiro, senão estaríamos f...ritos.

Mas, em compensação, foi uma viagem onde conhecemos lugares incríveis, coisa de cinema mesmo, e também conseguimos levar nossos filhos para conhecer a neve. Eu e meu marido já estivemos no Chile, antes de termos filhos, e achamos que valia a pena voltar a visitá-lo - algo que quero repetir algumas vezes, pois o país é uma tripa, com paisagens incríveis, que pretendo conhecer.

Nesse período, conhecemos o deserto do Atacama, o mais seco do mundo, e voltamos a Santiago - onde já havíamos visitado alguns pontos turísticos na viagem anterior.

Fiquei de olho no Melhores Destinos pra ver se aparecia alguma promoção boa de passagens pra Santiago, e quando apareceu, não conseguia achar preço razoável em nenhuma data da tabela. Até que teve uma data com ótimo preço, mas teríamos que ficar mais tempo do que pretendíamos, e por isso resolvemos conhecer também o Atacama (antes, pretendíamos ficar somente em Santiago).

A viagem foi planejada com alguns meses de antecedência (tá certo que o lance com o cartão de crédito fez uma boa parte do nosso planejamento ir por água abaixo), pesquisei bastante na internet antes de irmos, e minha principal preocupação era ir ao deserto mais árido do mundo com meus filhos. Por que a gente passar perrengue é uma coisa, mas levar os filhos pra sofrer é outra bem diferente.

Não achava muitas informações sobre crianças no deserto, mas as poucas que achei até que eram animadoras (só faziam restrição quanto à idade - não levar crianças muito pequenas). Consultei o pediatra, que deu um ok (ufa, coração muito aliviado e feliz nesse dia!), levei uma farmácia na mala (da qual meus filhos só usaram Dramin), fiz um seguro-saúde pra todo mundo, e fomos viver nossa aventura.

Ela começou já no dia 29/07, quando chegamos a Santiago por volta de 22:00. Nosso voo para Calama, a cidade mais próxima de San Pedro de Atacama (base para realizar os diferentes passeios pelo Deserto do Atacama) sairia pela manhã, no dia seguinte, por volta de 06:40 da manhã.

Bem em frente ao aeroporto há um hotel, mas cujas diárias custam aproximadamente R$ 600,00, para 4 pessoas. Considerando que havia o tempo para pegar as malas, fazer a imigração, check-in no hotel, e depois acordar cedo pra fazer o despacho das malas (ok, o hotel é na frente do aeroporto, mas isso não quer dizer que dá pra você acordar meia hora antes do voo), achamos que não valeria a pena pagar tudo isso pra ficar umas cinco horas "dormindo" - acho que eu não conseguiria relaxar e dormir de verdade, com medo de perder o outro voo - melaria todo o resto do passeio. Vi nesse site que há uma opção mais barata de hotel perto do aeroporto, com transfer para os hóspedes, entre o hotel e o aeroporto, e pareceu uma boa opção, mas demoramos demais pra decidir, e acabamos não conseguindo reservar.

Solução: passamos a noite no aeroporto... Andamos um pouco por lá - o aeroporto não é gigante, como o de Guarulhos, então a gente vê algumas coisas aqui, outras ali, e tem a impressão que já viu o suficiente. Paramos num restaurante chamado Gatsby, no andar de cima, comemos, e depois fomos para uma área mais reservada, no próprio restaurante, onde tem uns bancos que dá pra descansar um pouco mais à vontade.


Cachorro quente com abacate - diferente...

Aeroporto de Santiago, e minha cara de cansada.

O sol nascendo nos Andes - visão linda!

Vários picos bem pontudos - parecem um serrote.

Quase chegando no aeroporto de Calama - já estamos no deserto!

Algumas casas em Calama - pertencem aos trabalhadores da mina Chuquicamata - de onde sai 70% do PIB chileno (conforme informação do motorista do transfer).

Paradinha antes de chegar em San Pedro de Atacama.

Cordilheira de Sal - uma prévia das (muitas) paisagens diferentes que veríamos nos próximos dias...

Eu, feliz por estar viajando!

Agora, vou me despedir, mas, se tiver paciência, passe por aqui de vez em quando. Não sou fotógrafa, mas prometo que postarei algumas fotos de lugares incríveis!

Um abraço!

Juliana