domingo, 21 de fevereiro de 2016

Uma vida feita de amor

Olá!

Hoje venho fazer uma postagem diferente. Apesar de não ser o tipo de coisa que a gente quer escrever, sinto que tenho de fazê-lo, para, de alguma forma, prestar uma homenagem a uma pessoa muito querida que partiu para trilhar novos caminhos - minha tia Clarice.

Filha mais velha de 8 irmãos, ajudou a criar todos - uma verdadeira escadinha. Para alguns, ela foi a colega de brincadeiras; para os mais novos, foi como uma segunda mãe.

Assim como todas as outras irmãs, seguiu a carreira do magistério e - como amava a profissão! Foi professora durante 4 décadas! Imaginem quantas crianças ouviram a voz da experiência de minha tia Clarice (ou Crá, como a chamávamos).

Mesmo depois de se aposentar, não deixou de se dedicar aos pequenos. Afinal, sempre haviam sacolinhas pra entregar no Natal, roupinhas de boneca para costurar, roupinhas de tricô para fazer... Tudo com muito amor!

Minha tia, em família, não era a que mais falava. E olha que na minha família não falta assunto... Pelo contrário, ela sabia (e praticava) o significado do ditado "Falar menos, ouvir mais". Até gostaríamos que ela expressasse mais seus sentimentos, colocasse seus pensamentos pra fora, mas minha tia, agora penso, deveria ter um grau bem mais elevado que o nosso. Quando ela abria a boca, geralmente, era pra falar alguma coisa muito acertada. Vai ver, ela sabia muita coisa que nós ainda não entendemos...

Não sei qual era a missão dela nessa vida, mas, tenho certeza, ela a cumpriu. Afinal, ela serve de exemplo pra muita gente, tanto pela vida que levou, como pela forma que partiu. Até o fim, ela foi uma guerreira, dando uma lição às pessoas em sua volta.

Agradeço pelos sábios conselhos, pelos presentinhos, pelas comidas tão gostosas que a senhora fazia (dá uma olhada aqui; ela ajudou a fazer esse monte de coisa gostosa), pela companhia... Enfim, agradeço por poder ter convivido com a senhora.

Tia, a senhora deixa muitas saudades aqui desse lado, mas tenho certeza que é benvinda e aguardada aí do outro. Vá com Deus, e fique em paz. E, como a senhora gosta tanto de Natureza, trago um pouquinho de flores...

Abraço!

Ju





2 comentários:

  1. Juliana .Amei o seu texto .Mesmo eu que convivi com a mana Clarice por tanto tempo ,desde o meu nascimento e fazendo quase tudo em dupla ,não a descreveria tão bem . Foi minha primeira amiga no planeta azul . Gostava de estudar ouvindo música e sempre me deixava em segundo plano nas notas pois muitas chegamos a estudar na mesma classe no ginásio e dois anos no curso normal e por aí vai . Fiquei com seu caderno de receitas de casaquinhos que amava fazer .Foi uma honra muito grande crescer ao seu lado e ser sua irmã .Que Deus a receba de braços abertos e tenha sempre Jesus ao seu lado andando entre as flores que você sempre gostou . Não a esqueceremos jamais .Para sempre no nosso coração Cléris ,como eu a chamava carinhosamente e você nunca reclamou Que seu caminho seja só de luz .Ila

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  2. Sim, ela deve estar num lugar bem bonito, pois com certeza plantou lindas sementes!

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