Um dos nossos últimos passeios no Atacama (e o mais caro, também) foi conhecer o Salar de Tara. É um passeio de dia inteiro, porém não achei cansativo, pois toda hora, a paisagem vai mudando, e é tudo muito bonito. Visões surreais, só estando lá pra entender...
Antes de colocar algumas fotos, seguem umas diquinhas básicas:
- Se possível, deixe esse passeio para os últimos dias. Acho que, fora os vulcões, esse é um dos que tem altitude mais elevada. Eu não sofri os efeitos da altitude, mas todos os outros integrantes da minha família sentiram - minha filha teve dor de cabeça leve, meu marido teve (mais, porque normalmente, ele já respira muito mal) falta de ar, e meu filho precisou respirar um pouco de oxigênio, pra recuperar o fôlego - e a cor. Nada foi muito sério, e nem chegou a comprometer o passeio, mas é bom ficar atento.
- Nós pretendíamos alugar um carro, e contratar um guia para nos levar até o Salar. Mas, como nossos planos mudaram, fomos por agência mesmo. Considerações: até os Monges de La Pacana, que ficam muito próximos da estrada até a Argentina, é sossegado - dá até pra ir de carro normal, sem necessidade de 4x4. O problema é que para seguir até o salar, não há mais estrada - é pelo meio do deserto mesmo. E lá, tem que ser 4x4. GPS - já li relatos de que pode não funcionar. Minha sugestão: vá com agência, ou contrate um guia, mesmo que você seja um(a) motorista muito habilidoso(a). Não só pelo fato de que poderá ver as paisagens pela janela mais tranquilamente (acredite, elas são maravilhosas!), mas também porque, no ponto mais alto do passeio, estará próximo a 5.000 m de altitude. Ninguém sabe como o corpo vai reagir lá em cima. Certifique-se de que a agência leva balão de oxigênio. Valor em agosto de 2015 - 40.000 pesos - cerca de R$ 200,00 - por pessoa. Incluía café da manhã (numa lagoa congelada, muito legal!), e almoço - umas empanadas gigantes.
Aqui, um parêntese para falar sobre a agência que contratamos - fomos pela Corvatsch. Em alguns passeios que fizemos com essa agência, não gostamos muito do tempo em que ficamos nas atrações, que consideramos mal administrado pelos guias (entenda-se: eu queria ficar mais tempo vendo aqueles lugares lindos), mas em outros, não tivemos problema nenhum. Esse passeio do Salar de Tara fizemos com o guia Pablo, muito atencioso. E na agência, sempre tratamos com o Sr. Ruben, que nos pareceu uma pessoa honesta, simples e paciente. Até chegamos a pesquisar em outras duas agências, a Grado 10, e outra que não lembro o nome. Mas a Grado 10 era muitooooo cara, e a outra, sei lá, acho que não fomos muito com a cara da pessoa que atendeu a gente. Os únicos passeios que não fizemos por ela foram o astronômico, e para as ruínas de Pukara de Quitor (nesse, pagamos um táxi para nos levar, e combinamos o horário pra nos pegar de volta). Não esqueça de pechinchar.
- Dicas para as moçoilas - não há banheiro em nenhum lugar. Portanto, assim que descer da van, nas várias paradas pelo caminho, sua primeira tarefa será ir até atrás da pedra que você considere razoável para ser seu banheiro. Aproveite, elas não aparecerão em grande quantidade. Aqui, um ponto positivo - esse passeio tem bem menos turistas do que os outros - então isso não será tão problemático.
- Estávamos no inverno, então, por via das dúvidas, resolvemos ir bem agasalhados. Fomos com as mesmas roupas do passeio aos gêiseres (várias camadas), porém com uma ou outra camiseta a menos. Acredite - só tiramos as roupas quando estávamos já quase em San Pedro de Atacama. Lá em cima venta demais - então, se for no inverno, agasalhe-se!
- A velha dica: ÁGUA, óculos escuros, protetor solar, protetor labial - essas coisinhas básicas...
Agora, a parte que eu mais gosto - as fotos!
Lhamas no caminho (vimos vicunhas também). Ficam pertinho do carro.
Vulcões Licancabur e Juriques - a foto está cheia de reflexos, mas mesmo assim, adorei a paisagem! A gente não cansa de admirar as montanhonas, e passar ao lado delas é muito legal! Tirei trocentas fotos (mas, de dentro da van, a maioria saiu uó).
Nosso café da manhã foi nessa lagoa congelada (!). No inverno, ela é chamada de Lagoa (ou Laguna) Diamante, e no verão, de Lagoa (Laguna) Verde, por causa da cor da água, que fica verde devido às algas.
Essa bota é a mesma que aparece aqui - adoro ela! É estranho olhar para nossos pés sobre a lagoa congelada - parece que estamos flutuando!
Neve pelo caminho, ao lado da estrada.
Formações rochosas - os Monges de La Pacana. O guia explicou que são originárias da erupção violenta de um vulcão localizado na Bolívia, a 75 km de distância.
O guardião de Tara. Parece um índio. Muito bacana!
Chegando no Salar de Tara.
Monges Blancos.
Catedrais de Tara. Impressionam!
O artista caprichou!
Na volta, o guia deu uma parada em outra lagoa congelada - a Laguna Blanca.
Paisagem linda na estrada...
Como escrevi lá em cima, tirei muitas fotos dos vulcões. Essa foi tirada na volta, com o sol batendo do outro lado do Licancabur. Lindão!
Descemos muito rápido para chegar a San Pedro de Atacama. São aproximadamente 2.000 metros de altitude em 40 quilômetros. Como a estrada é um caminho internacional, vários caminhões passam por ela, para chegar à Argentina e Bolívia (ou vice-versa). Há saídas de emergência toda hora, para o caso de perda de freios. Olha só o que a diferença de pressão atmosférica fez com a nossa garrafinha de água!
Espero que tenham gostado das fotos, e sintam vontade de conhecer esse lugar tão maravilhoso!
Um abraço!
Juliana
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