terça-feira, 21 de julho de 2020

O cometa e os novos tempos

Olá!

Meu blog estava abandonado, mas eu já estava querendo voltar a escrever algumas linhas aqui há um tempo...

Estamos em 2020, e como é do conhecimento de quase todos, é um ano totalmente atípico. Há uma pandemia e um vírus à solta, mudando drasticamente muitas coisas que estávamos acostumados a ver, desnudando outras, e por aí afora.

Mas - não vim escrever sobre vírus. Nem sobre pandemia. Nem sobre morte.

Eu vim escrever sobre um cometa, e como isso já está na minha cabeça há vários dias.

Eu gosto de ler, mas, infelizmente, é um hábito que preciso retomar. Esse ano li poucos livros - alguns infanto-juvenis - porque, embora o tempo até esteja livre em alguns momentos, a cabeça não está. Aí é mais fácil ler livros sem muita pretensão.

Um desses livros, lido recentemente, é "A menina que descobriu o Brasil", de Ilka Brunhilde Laurito. O livro conta a história de alguma antepassada da autora, quando chegou, ainda menina, ao Brasil, vinda da Itália - a Fortunata. As adversidades vividas pela família, tanto na Itália, quanto no Brasil, a família aumentando, mescladas com histórias dos outros imigrantes, todos vizinhos.

Numa parte do livro, todo mundo está ansioso, porque o cometa Halley vai aparecer nos céus. É um evento - congregando famílias, vizinhos, como se fosse uma festa. Os jornais noticiam a passagem do cometa, algumas pessoas acreditam que ele vai cair na Terra - enfim, é um fenômeno pelo qual todos aguardam ansiosamente.

Alguns trechos do livro:

"Para mim, a aproximação do Halley era a esperança de novos tempos. Tempos de luz. Como se todas as tristezas, antigas e recentes, pudessem ser varridas da memória e da vida pela cauda de um astro. (...)

Enquanto ia esperando (...), eu olhava o céu todas as noites, à espera do milagre estelar.

(...)

A noite anunciada pelos jornais afinal chegou. E era realmente como se fosse uma véspera de natal o advento daquela estrela, que, diziam, era a mesma que, em Belém, cintilara sobre o presépio em que nascera o menino-deus.

(...)

O cometa fizera o milagre de reunir toda a minha família do Brasil: a maior, de que participavam os patrícios da rua; e a menor, formada por minha mãe, meu padrasto-pai, meu irmão italiano e meus irmãozinhos brasileiros, elos de sangue que me prendiam à vida. Viver era bonito, apesar de.

Ergui os olhos em agradecimento. E vi. E vimos! Foi um deslumbramento! Uma enorme estrela com cauda fosforecente riscava o céu.

(...)

Maravilha de aparição. (...) Era como se, no rastro do cometa, voltassem todas as amadas sombras luminosas do meu passado."


Por que esse trecho, sobre o cometa, me marcou?

Além de achar muito poética a linguagem, gostei da quantidade de sentimentos bons envolvidos - a união das pessoas, a esperança por novos tempos, melhores do que os passados, a gratidão, o deslumbramento por algo belo...

Apesar de a mocinha relatar que parecia véspera de Natal, pra mim parecia mais uma véspera de Ano Novo. Aquela mistura de sentimentos no dia 31/12 - gratidão pelas graças recebidas e esperança para dias melhores.

E agora, em 2020, também temos um cometa. Eu nunca tinha ouvido falar do tal Neowise, mas ele anda aparecendo em vários céus por aqui. Até a olho nu, ele deixa ser visto. Dizem na internet que dia 22 poderemos vê-lo, aqui na região onde moramos.

Assim como Fortunata, a mocinha do livro, também tenho esperança que esse cometa, de alguma forma misteriosa, varra as tristezas, e traga novos tempos, com bençãos a todos.

Desejo a todos luz, paz, e, principalmente, muita saúde!

Abraço!

Juliana



Autora Ilka Brunhilde Laurito
Capa do livro, meio maltratado.

Cometa Neowise


O que é o Cometa Halley? - TriCurioso
Cometa Halley




sábado, 18 de fevereiro de 2017

High - Lighthouse Family

Olá!

Faz quase um ano que não escrevo por aqui...

E, para retornar ao blog agora em 2017, coloco aqui uma música que adoro. High, do Lighthouse Family. Não só pela música, mas a letra também é bonita - fala sobre amor e esperança. Sentimentos fundamentais na nossa vida. Sou capaz de escutá-la várias vezes em seguida...

Espero que curta também!

Abraço!


Juliana







domingo, 21 de fevereiro de 2016

Uma vida feita de amor

Olá!

Hoje venho fazer uma postagem diferente. Apesar de não ser o tipo de coisa que a gente quer escrever, sinto que tenho de fazê-lo, para, de alguma forma, prestar uma homenagem a uma pessoa muito querida que partiu para trilhar novos caminhos - minha tia Clarice.

Filha mais velha de 8 irmãos, ajudou a criar todos - uma verdadeira escadinha. Para alguns, ela foi a colega de brincadeiras; para os mais novos, foi como uma segunda mãe.

Assim como todas as outras irmãs, seguiu a carreira do magistério e - como amava a profissão! Foi professora durante 4 décadas! Imaginem quantas crianças ouviram a voz da experiência de minha tia Clarice (ou Crá, como a chamávamos).

Mesmo depois de se aposentar, não deixou de se dedicar aos pequenos. Afinal, sempre haviam sacolinhas pra entregar no Natal, roupinhas de boneca para costurar, roupinhas de tricô para fazer... Tudo com muito amor!

Minha tia, em família, não era a que mais falava. E olha que na minha família não falta assunto... Pelo contrário, ela sabia (e praticava) o significado do ditado "Falar menos, ouvir mais". Até gostaríamos que ela expressasse mais seus sentimentos, colocasse seus pensamentos pra fora, mas minha tia, agora penso, deveria ter um grau bem mais elevado que o nosso. Quando ela abria a boca, geralmente, era pra falar alguma coisa muito acertada. Vai ver, ela sabia muita coisa que nós ainda não entendemos...

Não sei qual era a missão dela nessa vida, mas, tenho certeza, ela a cumpriu. Afinal, ela serve de exemplo pra muita gente, tanto pela vida que levou, como pela forma que partiu. Até o fim, ela foi uma guerreira, dando uma lição às pessoas em sua volta.

Agradeço pelos sábios conselhos, pelos presentinhos, pelas comidas tão gostosas que a senhora fazia (dá uma olhada aqui; ela ajudou a fazer esse monte de coisa gostosa), pela companhia... Enfim, agradeço por poder ter convivido com a senhora.

Tia, a senhora deixa muitas saudades aqui desse lado, mas tenho certeza que é benvinda e aguardada aí do outro. Vá com Deus, e fique em paz. E, como a senhora gosta tanto de Natureza, trago um pouquinho de flores...

Abraço!

Ju





quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Viña Del Mar num dia chuvoso

Olá!

Preciso terminar de colocar as fotos da minha viagem que fiz ao Chile, entre julho e agosto do ano passado. Logo tiro férias de novo, e nem postei as fotos da última viagem...
 
Nessa viagem, quando fui ao litoral, o dia estava chuvoso, mas não dava pra mudar a programação. Mesmo assim, no geral, fiquei satisfeita. Porém, se fosse a primeira vez que eu estivesse visitando o litoral chileno, ficaria bem decepcionada, porque é muito melhor ir na praia com sol (mesmo que seja só pra olhar).
 
Dê uma espiada:
 
 
Eu queria muito visitar o Museu Fonck, pra ver o único moai fora da Ilha de Páscoa. Fomos ao Museu, mas não entramos, só tiramos foto do lado de fora mesmo. Eu achava que a estátua era maior - não sei se são todas do mesmo tamanho. Mas, já posso dizer que vi um moai de verdade - hehehe!




Aí embaixo é o Estero Marga-Marga - é um canal que enche quando a maré sobe. Achei bonito num dia de chuva, imagine com sol - deve ser lindo!



Viña Del Mar é uma cidade muito bonita, e é conhecida como Cidade Jardim. Um dos famosos cartões postais de Viña é o Relógio de Flores - muito bonito!



Esse canteiro é muito lindo, e ficava pertinho do relógio. Ele era feito com repolhos (e era fedido!). Mas mereceu ser fotografado, mesmo sendo fedido.



Fomos no mirante que tem no Castilo Wulff (não deu pra visitar o castelo, estava fechado na hora que passamos por ele - um motivo para voltar à cidade...). Mesmo num dia chuvoso, as fotos saem bonitas.





Vista do cassino. Da outra vez que visitei a cidade, em 2005, brinquei um pouco nos caça-níqueis. Só brinquei mesmo, porque ganhar, que é bom, nada...











Bem, no geral, gostei do passeio. Mas, da próxima vez, pretendo fazer sem excursão - é possível ir de ônibus, saindo de Santiago.

E aí, Viña é bonita mesmo com chuva, né?

Espero que tenha curtido as fotos, e até a próxima!

Abraço!


Juliana